mercoledì 18 maggio 2011

A galinha branca



Morávamos em uma mansão branca, acocorada, como uma galinha chocando ovos, no meio de um jardim, grande e verde, dividido por limites invisíveis em: pradaria (a parte mais selvagem), gramadinho (onde os irmãos jogavam futebol) e o pequeno bosque (onde o sol não conseguia mesmo abrir um seu espaço, nunca). Além disso, tinha o estradão, pista de corrida de bicicletas sem fim e os dois terraços, aquele de tijolinhos, vermelho, afetado, enfeitado com azulejos alegres com margaridas e o branco e cinza, feito com pedregulhos de rio, deformado e cheio de sobe-e-desce devido as raízes dos pínus que pareciam subir do inferno.

A mansão também era dividida. Desta vez, em duas partes bem delimitadas. Nos dois andares altos, aos quais faziam cócegas as copas dos altos pinus que chegavam até o céu, moravam os Salinas. Lá em baixo , com a grama e as flores, literalmente, na nossa cara, a gente: os Pontes. Para mim, o jardim era aquela casinha de madeira perdida na pradaria, onde se guardavam carrinhos de mão, foices, escadas. Um esconderijo, um abrigo. De repente, uma lembrança. Devia ter com uns sete anos. Corro de perder o fôlego, atrás meu pai enfurecido. “Pergunto-me e digo! (Come pode?)”, urra e eu trotando com as asas nos pés. De improviso, ei-lo em cima de mim. “Veado”, berro. Palavra da qual ainda desconhecia o significado, um arranhão. Fecho os olhos bem forte, espero o tapa. Nunca veio. Quando reabri os olhos, um de cada vez, vi meu pai caindo na gargalhada, vermelho na cara.

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